Mais uma volta
uma derrota
o mesmo procedimento
leva ao mesmo acontecimento
o espelho mostra projecção
do sonho em desilusão
e assim se passa uma eternidade
em autopiedade
Quero saltar
todos os dias até um final
um final que nem eu sei
só quero passar até algo encontrar
estou em piloto automático
Eu até quero mudar
fazer algo mais, me valorizar
mas encalho numa carência
é a força com falta de comparência
Aviso mil vezes para mudar
e outras mil para lutar
mas acaba sempre em derrota
o mundo em mim está em discórdia
Vou saltar
da minha zona para uma outra
vou deixar de sentir o mesmo peso
opto por viver em vez de ficar barrado no que penso
Desliguei o piloto automático
palavras mudas...
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
domingo, 22 de novembro de 2015
Somos
Somos
Nós somos experiências…
Sejam elas vividas ou partilhadas
Somos o tempo…
O que dedicamos e o que dedicam a nós
Somos o amor, carinho, atenção e paixão…
Que depositamos em tudo isto e que depositam em nós
Sabemos ser um da mesma forma que sabemos ser mais
Somos o resultado de tudo isto...
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Paciência
A pressa é uma espada de 2 gumes
Como é tudo na verdade
Uma virtude
Porém o que nos leva a irracionalidade
Ficamos animais sedentos de resultados e perde-se a
compreensão humana
Que tanto nos caracteriza ou digamos, caracterizava
Pois o Hoje é a consequência da impaciência do Ontem
Dá trabalho compreender, dá trabalho ter paciência
Mas só assim se tem frutos com esse “trabalho”
Sem ele apenas há respostas rápidas atreladas a problemas
Há que combater a nossa tendência para este facilitismo
Somos soberanos neste mundo, mas muito pequenos bem lá no
fundo...
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Epifania
Porque sinto?
Porque vejo?
Porque penso?
Porque reajo?...
É tudo ilusório…
Estamos cegos
e vivemos à base de princípios plastificados…
e esquecemos a essência, a verdadeira beleza das coisas…
Corremos com palas
em vez de caminharmos a olhar a nossa volta…
do que realmente precisamos
é daquilo que nos afastamos mais…
quem são os loucos
os verdadeiros falsos?
É tão triste quando é a estar na nossa “casa”
É onde nos deprimimos mais…
Sinto-me tão desfeito
Por tanto apego a esta minha epifania
Quem liga a brisa? Ao raiar do sol?
A um carinho discreto? Aquele olhar certo?
Ao tempo passado e não ao tempo comprado?
Vivo sozinho nisto…
e não é justo trazer alguém comigo
pois não posso dar o que o mundo dá
um tudo cheio de nada…
teria de desaprender
para voltar a crescer
e nem toda agente
comete a loucura de Viver…
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Un échantillon
Nous sommes aveugles
humains terriblement aveugles
nous ne donont pas la valeur a la terre
à l’air, à la pluie
à la pluie qui est comme l'amour
à l'air qui nous aide à surmonter et nous reposer
à la terre qui nous soutient depui toujours
Nous sommes des tueur masochistes
nous faisons appel à Dieu mais nous faison le travail du diable
Nous sommes aveugles, sourds et muets
Nous ne voyons pas clairement
Nous n'écoutons pas l'essentiel
ont dis des betise dissimulée dire un vérités
ont est un échantillon
un échantillon de vie
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Nunca chegam a partir
O que passou foi desumano e pode fazer questionar o porquê destes acontecimentos...
causa revolta, dor nos desequilibra...
ganhamos azia pela vida...
somos obrigados a estar sempre em contacto com objectos, lembranças e resto que temos...
mas o amor nunca morreu e nunca há-de morrer...
Lembrar dos que fisicamente partiram e carrega-los no coração com orgulho e sorriso na cara era o que eles iriam querer...
vão sempre olhar por nós, porque o que nos une é algo mais que uma mera ligação...
apenas só sabe quem sente e não há explicação...
chegamos a perde alguma coisa? sim, claro. Algo incalculável...
mas ganhos algo também, a eterna e agridoce promessa que a passagem deles não foi em vão e que os vamos fazer orgulhar de nós pela forma como vivemos...
Eles realmente nunca partiram, pois agora e ainda mais agora estão mais vivos dentro de nós...
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Sou Burro...
Os Sábios
Os verdadeiros Inteligentes
Não se apaixonam
Não caem no amor
Pois raciocinam demais
Ficam vincados nos contras
Aprendem demasiado com o passado
O coração apenas é órgão mas não tem sentido
Têm um dialecto demasiado certo
Falam e ouvem por necessidade e não porque sabe bem
A inteligência é ilusória da verdadeira felicidade
A máscara dos receosos e dos magoados
“Nunca vou amar” que falso!
“Amo-te? Nunca!” que mentiroso!
Ignoro que sou humano
Vejo-me com funcionalidade
Que direito tenho eu
De matar uma vida
Inibindo-a de gozo, paixão, prazer e amor?
Não tenho…
Inteligência é viver
De janelas fechadas para o medo
De portas fechadas ao doce da vida
Perdem pois apenas são plateia
De um espectáculo inesquecível
Lutar para quê?
É instintivo…
Sou Burro, Labrego, um Ignorante
Porque quero e mesmo não querendo
Caiu com prazer…
No magnífico erro de amar…
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