segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

“Deixa-me ser II”

Serei palavras…
Meras palavras sobre…
As linhas do teu corpo

Te quero marcar fortemente (!)
Te quero deixar em dúvida, confusa (?)
Te quero por a pedir por mais (…)
Tudo isto sem um fim (.)

Puxa por mim, sê difícil e complexa…
Deixa-me escrever, sobre linhas e entrelinhas…
No teu livro, no seu todo…

Imploro-te…
Deixa-me ser, a tinta sobre teu papel…
Deixa-me saciar esta sede…
Esta tentação obscura…
Para qual tu és a cura

Atempadamente suplicarás tu…
Palavras minhas, nessas doces linhas sem fim…

Ebriacave

Sinto-me estúpido!!
Bebi! Bebi!
E não controlo o meu pensamento…
Bebi! Bebi!

Não controlo o andar…
Ando que nem um homem perdido…
Sinto-me tão idiota estando a escrever e a pensar…
Tudo isto… bêbado…

Vontade de dizer sem barreiras tenho
Mas parece que ainda consciência em mim obtenho…

Escrevo agora por instinto…
Baloiçando na cadeira que nem uma criança…
O que escrevo é de pureza e não minto…
Mesmo assim escrevo, escrevo com alguma confiança…

Tal escrevo porque
Pouco penso…

Mas também nem coração fala…
Não sei o que esta escrevendo…
Se nem eu, mente ou coração desabafa…
Que esta este corpo fazendo?


Pois não sei…
Apenas sei…
Que nome para este estado não encontrarei…
Apenas escrevo com uma única lei…

A da rima...
Apenas quero escrever com a eficácia de uma espada de esgrima…
Ao menos com a ideia de tal…
Mas de tanto tentar o especial, não passo do banal…

Oh!!! Mas que merda estou escrevendo?!
Sou apenas um meio bêbado…
Que esta com um certo descontentamento da vida…
E escreve sem pensar, sem uma ideia especifica…

Mente desorganizada e desamparada…
Corpo lento e tonto…
Alma parva e paralisada…
Em tanto que tenho, não me encontro…