quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Paciência


A pressa é uma espada de 2 gumes
Como é tudo na verdade
Uma virtude
Porém o que nos leva a irracionalidade
Ficamos animais sedentos de resultados e perde-se a compreensão humana
Que tanto nos caracteriza ou digamos, caracterizava
Pois o Hoje é a consequência da impaciência do Ontem
Dá trabalho compreender, dá trabalho ter paciência
Mas só assim se tem frutos com esse “trabalho”
Sem ele apenas há respostas rápidas atreladas a problemas
Há que combater a nossa tendência para este facilitismo
Somos soberanos neste mundo, mas muito pequenos bem lá no fundo...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Epifania


Porque sinto?
Porque vejo?
Porque penso?
Porque reajo?...

É tudo ilusório…

Estamos cegos
e vivemos à base de princípios plastificados…
e esquecemos a essência, a verdadeira beleza das coisas…

Corremos com palas
em vez de caminharmos a olhar a nossa volta…

do que realmente precisamos
é daquilo que nos afastamos mais…

quem são os loucos
os verdadeiros falsos?

É tão triste quando é a estar na nossa “casa”
É onde nos deprimimos mais…
Sinto-me tão desfeito
Por tanto apego a esta minha epifania
  
Quem liga a brisa? Ao raiar do sol?
A um carinho discreto? Aquele olhar certo?
Ao tempo passado e não ao tempo comprado?

Vivo sozinho nisto…
e não é justo trazer alguém comigo
pois não posso dar o que o mundo dá
um tudo cheio de nada…
teria de desaprender
para voltar a crescer
e nem toda agente
comete a loucura de Viver…

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Un échantillon


Nous sommes aveugles
humains terriblement aveugles
nous ne donont pas la valeur a la terre
à l’air, à la pluie
à la pluie qui est comme l'amour
à l'air qui nous aide à surmonter et nous reposer
à la terre qui nous soutient depui toujours

Nous sommes des tueur masochistes
nous faisons appel à Dieu mais nous faison le travail du diable
Nous sommes aveugles, sourds et muets
Nous ne voyons pas clairement
Nous n'écoutons pas l'essentiel
ont dis des betise dissimulée dire un vérités
ont est un échantillon
un échantillon de vie

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Nunca chegam a partir

O que passou foi desumano e pode fazer questionar o porquê destes acontecimentos...
causa revolta, dor nos desequilibra...
ganhamos azia pela vida...
somos obrigados a estar sempre em contacto com objectos, lembranças e resto que temos...
mas o amor nunca morreu e nunca há-de morrer...
Lembrar dos que fisicamente partiram e carrega-los no coração com orgulho e sorriso na cara era o que eles iriam querer...
vão sempre olhar por nós, porque o que nos une é algo mais que uma mera ligação...
apenas só sabe quem sente e não há explicação...
chegamos a perde alguma coisa? sim, claro. Algo incalculável...
mas ganhos algo também, a eterna e agridoce promessa que a passagem deles não foi em vão e que os vamos fazer orgulhar de nós  pela forma como vivemos...
Eles realmente nunca partiram, pois agora e ainda mais agora estão mais vivos dentro de nós...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sou Burro...


Os Sábios
Os verdadeiros Inteligentes
Não se apaixonam
Não caem no amor
Pois raciocinam demais
Ficam vincados nos contras

Aprendem demasiado com o passado
O coração apenas é órgão mas não tem sentido
Têm um dialecto demasiado certo
Falam e ouvem por necessidade e não porque sabe bem

A inteligência é ilusória da verdadeira felicidade
A máscara dos receosos e dos magoados

“Nunca vou amar” que falso!
“Amo-te? Nunca!” que mentiroso!
Ignoro que sou humano
Vejo-me com funcionalidade 

Que direito tenho eu
De matar uma vida
Inibindo-a de gozo, paixão, prazer e amor?
Não tenho…  

Inteligência é viver
De janelas fechadas para o medo
De portas fechadas ao doce da vida

Perdem pois apenas são plateia
De um espectáculo inesquecível
Lutar para quê?
É instintivo…

Sou Burro, Labrego, um Ignorante
Porque quero e mesmo não querendo
Caiu com prazer…
No magnífico erro de amar…










quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Morena


olhos castanhos preenchidos de “je ne c´est quoi” acompanhados por sobrancelhas fortes… nariz pequeno e delicado vive em cima de lábios feitos a pincel fino com tinta proibida, perfeitos em qualquer movimento… orelhas sensíveis envolvidas de pele suave e viciante, composta de atenciosos e doces sinais… queixo de menina, cabelo de mulher… tens ternura e és meiga, confusa e dona de um feitio agridoce… actuas como menina, chamas como mulher… em ti tens algo que ainda não sabes… pedra preciosa coberta de perfeita banalidade… andas e desfilas no meu mundo… sorris e iluminas o canto mais escuro… a tanto que não sinto o teu cheiro, mas nunca me esqueci do teu perfume… a tanto que não te toco mas conheço o mapa do teu corpo… o meu instinto leva-me ao nosso esboço, a minha razão leva-me a passar uma borracha por cima… já tivemos um ponto final mas estou preso nas reticências…

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ténue


Hoje sou papel
Deitado no chão
Pisado pelas pessoas
Molhado pela chuva

Hoje sou um velho tecido
Rasgado pelo passado
Com nódoas intratáveis
De beleza esquecida

Hoje sou incapaz
E ponho a máscara
Quero mas não peço
Espero e desespero

Sou brisa repentina
Forma esquecida
Ser incrédulo
Humano ténue 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Liberdade Obrigatória


Sei lá eu
O que diga, o que faça
Hoje sou frágil
E a alma não desembaraça
A imunidade é o meu objectivo
Pois a resto é uma farsa
Sinto-me ligado a tudo
E no entanto não tenho nada

Mas o que estou a dizer?
Que raio ando a fazer?
Pareço um menino
Sedento por compaixão
Seja de que forma for
Mas suplico…
Façam-me sentir a minha própria presença…
Nem parece que estou no meu direito
Mas na verdade estou…
E parece surreal ter tal acto cumprido…

Serei fraco por estar assim?
Por querer deixar cair o corpo
E ter alguém que o agarre?...
Serei fraco por sentir?
Então o que é ser forte?
Talvez uma capa de quem é ainda mais frasco
E talvez o fraco seja um corajoso pois assume que o é…

Não me domino
Logo nunca serei imune ao que temo
Tenho a liberdade obrigatória de viver tudo…



domingo, 9 de outubro de 2011

Humano


Lembra-te…
de todas as promessas e frustações
do que te causaram e do que criaram
respira fundo e olha para ti
não pode ter sido tudo em vão…

a minha armadura
me tornará imune…
o meu quadro
terá cores sinceras…
sou Humano…
e peco por isso
tenho um eterno compromisso
com paradgimas e complexos
fazem parte de mim…

sou insanciavel por natureza…
quero que tudo e nada aconteça…

ruleta russa na minha cabeça
coração acelarado
se ameaçar a minha vida de ela se disperçar
ganhará o meu corpo vontade de lutar?
Lá no alto está o brilho das estrelas
Mas sou cego…
Com elas estão os meus sonhos
Mas não la chego…



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Telhado


Continuo a lutar
Não sei com que forças
Mas continuo…
Porque isto é algo maior que se levanta
Que mude o mundo mas não se muda de quem ama…

Por mais que diga…
“Estou aqui”
Por mais que demonstre
O quanto gosto de ti
Tu sucumbes aos teus medos e complexos
E desistes…

Mesmo que pinte o mundo de outra cor
Mesmo que declare guerra e lute por nós
Haverá sempre algo…

Amar é não olhar a dificuldades
Mas sim a possibilidades
Para encontrarmo-nos com quem nos perdemos...

No meu telhado
Invejo as estrelas
Pois elas sempre estarão contigo…

Não me arrependo
De nada…. Nada mesmo….

Por te amar… assim tão loucamente
Com este fervor de quem te quer intensamente
De quem quer que sejas feliz eternamente
Aqui abdico…
Dos meus desejos mortais
Do meu egoísmo banal
Deixo-te…
Porque ainda não te encontras-te
E eu vim intrometer-me no teu caminho…

O tempo de estar contigo
Parou… irá retornar?
Não sei… ninguém o saberá…

Os nossos sentimentos…
As nossas mãos…
Os nossos sonhos…
Os nossos lábios…
Os nossos momentos…
Os nossos corpos…
Se tornaram desconhecidos e serão esquecidos…

Não estou a desistir
Estou apenas a admitir
O nosso fim…

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Estrada dos Sonhos


Estou a caminho
Da estrada dos sonhos
E está nas minhas mãos
Fazer o certo ou o errado

Sinto-me mais perto das estrelas
Tão perto que tenho medo
Não quero cair
Vou destruir a barreira
Entre o sonho e a realidade
Entre o imaginário e o possível

Porque preciso tanto disto
Como do ar que respiro
Preciso tanto disto…

O trajecto é desconhecido
Só sabe quem já o percorreu
Estes são os meus primeiros passos
Sobre o asfalto
É uma droga
Em que me quero viciar
Sonhar e realizar
Quero construir pontes
Entre o presente e o futuro
Entre a mente e o sentimento mais puro

Porque preciso tanto disto
Como do ar que respiro
Preciso tanto disto…

Este é o meu amanhecer
Estou a gostar do que estou a conhecer
Não vou parar
Não terei anoitecer

Porque preciso tanto disto…
Como do ar que respiro…
Preciso tanto disto!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vagueando


Caminho na rua…
Vagueando por uma grua…
Que me coloque, me mova…
Que aponte ou que até me diga em que estado estou…

O sinal verde diz me para avançar…
Mas nem sei para onde me deva virar…
Nunca passei de um sinal intermitente…
Acho que nunca estive realmente consciente…

Vou entre as pessoas…
Por sítios luminosos para me iludir de falsas montras…
Há tanto lá fora, formas, vida…
Há tanto que se dispersa cá dentro, intocável, nada…

Nem a musica me acompanha…
O dia não foi amigo nem a noite boa conselheira…
Embrulhei-me em mim…
Procurei tantas respostas e agora perdi-me…

Cansado da futileza…
Querendo que algo apareça…
Vagabundo sem folgo…
Endiabrado num peso morto…

Apenas quero um abraço…. Um simples e forte abraço…
Para me sentir envolvido em algo… 



domingo, 11 de setembro de 2011

Um dia...


O que esta feito
Esta feito
Agimos, erramos, acertamos
Vivemos e perdemos
Fomos humanos…

Atrás da aparente força
Existe uma enorme e verdadeira fraqueza
Um palpitar animal que não pode ser domesticado
Algo que não precisa de razões apenas emoções…

O bom e o mau
Foi tudo importante
E não ficará esquecido
Na estante…

Senti, fantasiei e sonhei
Por momentos saí deste mundo
Fugi, falhei e magoei
Vacilei ao medo e dele estou imundo…

Trocaria estas palavras
Por mais um olhar
Por mais um toque
Por mais um beijo
Por mais um momento
Trocaria o meu tempo pelo nosso tempo…

Há tanto que te queria dizer
Mostrar…
Aproveitar…
Viver, fluir e deixar crescer

Eu sempre pensarei em ti
E de tudo o que vivi
As lágrimas invisíveis que deito
Que molham o rosto e pingam sobre o peito
São das lembranças que ainda estão vivas
Das promessas que ficaram por ser compridas
Do tempo que queria dominar
Das fraquezas por quais fui dominado…

Sou como o carvão deste lápis
Marquei-te e continuarei a fazer-me sentir
Mas o tempo virá e vou perdendo a força
Vou-me desvanecendo…

E isto é o melhor
Apaixonado, amistoso e carinhoso adeus
Que te posso dar…
Estarei quando precisares
E quando ficares completamente bem
Desvanecerei…
E ficarás livre…










quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Turbilhão

Mal começamos

E já havia motivos para terminarmos


Mas havia esperança

Bem escondida e bem profunda

E foi a isso que nos agarramos


Sonhávamos alto

Tudo era mais que perfeito

Tudo batia certo


Mas tu crias-te

E derrubas-te promessas


Somos um bonito desenho

Que manchou


Como posso ser feliz

Se tudo o que queria

Me escapou pelos dedos?...

Como posso ter gosto pela vida

Se já não volto a sentir

Os teus lábios?...


Tu disseste que ficavas comigo…

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Devolve-me

Devolve-me a calma

Que tanto demorei a ter

Dá-me paz…

Devolve-me o sono

E as noites banais sem sonhos

Deixa-me descansar…


Quero o meu tempo

As minhas lágrimas

A minha segurança

O que é meu por direito


Devolve-me o coração

Por favor…

Já não sei ser autónomo

Egoísta, ver apenas a minha pessoa…

Dá-me o orgulho que engoli por ti!

Dá-me a força que perdi!


Tira-me este medo…

De te perder mesmo que estejas perto

De te magoares mesmo que estejas bem

De agir e não me corresponderes


Devolve-me o que era

Antes de me perder em ti…

sábado, 13 de agosto de 2011

Enterrado na Possibilidade

Nunca passarei de um “se”
De uma probabilidade
De uma equação por resolver
Nesta minha amostra de vida…

Cada vez mais parado
Cada vez mais no fundo
Sinto que só perco
A cada momento e a cada segundo…

Mais pareço um artigo com defeito
Que não pode ser devolvido
O que é que agarram as minhas mãos?
Por que correm as minhas pernas?
Com que sentido olho seja para onde for?

Mas sei alguma coisa?
Não… não sei…
Sou filho bastardo da Indefinição e do Nada
E á nascença fiquei estendido num chão molhado…

Pergunto-me… Quem serei?...
Qual é a minha matéria-prima?
Será a mesma da dos sonhos ou a das miragens?

Valerá apena este momento?
Em que apenas sinto o coração devido ao sofrimento…
Porque não me contento?
Levanto-me e mexo-me por algo que me dê alento…

Sou Humano
E tenho por defeito ser conquistador
Mas não passo de um miúdo
Que por natureza tem que cair para aprender
Mesmo que não o queria aceitar…

sábado, 6 de agosto de 2011

Degraus

Dou por mim…

Parado, mas com olhar distante

Incerto, das certezas que tinha

Não paro de pensar em ti…


E no coração

Se é que ainda tenho coração

Existe um vazio…

Um nada onde tudo

É dor, lembranças, saudade…


Não deixo de estar apaixonado

Mesmo que este amor pareça trágico…


Não tenho domínio

dos meus sentidos…

dos meus membros…

das minhas reacções…


Sou um boneco

Partido…

e de cordas soltas…


será esta a dor

de um verdadeiro adeus?...

ou de uma morte eufemista?...


Esta sensação

Que decapita sonhos

e estrangula esperanças…


é um degrau muito alto

que me vejo obrigado a subir…


não sei do que tenho mais medo

se do que vou encontrar

no degrau que vou alcançar

ou o que vou deixar

no degrau que vai ficar para trás


o amor é um mistério quando estamos sós…

e uma descoberta inexplicável quando estamos apaixonados…

terça-feira, 26 de julho de 2011

Adeus

Tenho o corpo pesado

Falo de olhos fechados

Porque não quero ver estas cores

As cores de uma nova solidão


Precisava de tempo

E tu decerto também

Mas já ditas-te a tua vontade

E abasteço-me no silêncio


Cinzentos estão os dias

E a maquina do meu peito

Forte esta o vento

Bem como o meu desalento…

Penso em ti…

Oh se peno…

Sofro? Não sei…

Não sinto o meu corpo…


Estou cansado…

Queria-me virar para o lado

E ver-te…

Percorrer tuas linhas

E sentir-te…


Olhar para ti

Para me tapares a cara de sem jeito

Com a tua mão

Tudo pelo teu toque e cheiro


Beijar-te

Para me deleitar num manto

Confortável, doce, provocador e viciante

Tu…


Tu que te foste

De mim que não te julgo

De mim que não tem mais palavras

De alguém que respeitará o teu adeus…

domingo, 3 de julho de 2011

Eu não quero sair

Eu não quero sair

Desta cama que somos nós

Sair dos braços

Que são os nossos lençóis

Sentir…

a aragem da rua

Vai ser de pouca dura

Porque não quero sair…


Para quê acordar

Se é tão bom sonhar

E ter a noção

Que estar sem ti é real

Mas não me vou ficar

Quero te tocar…

Me prender ao que tens para mim

Eu não quero sair…


Quero me envolver

Nesse corpo que é um mundo…

Quero me perder

Nos teus traços profundos…

Eu não quero sair…

Eu não quero partir…

Sem ti…

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ajuda-me a não cair em ti

Diz-me que me odeias…

Que passas sem mim…

Engana-me…

Conta-me uma verdade para acreditar…

Faz com que te despreze…

Mal trata-me…

E finge que não me conheces…

Ajuda-me a não cair em ti…

A parar esta euforia…

De pensar em ti todo o dia…

Rejeita-me de uma vez para eu virar a página…

Pois estou demasiado apaixonado…

Ao ponto de querer preencher contigo todos os dias do meu calendário…

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Baboseiras

Amor

Terna e doce doença

Tanto corrói

Como cura…

Tanto arde

Como traz uma leve brisa de frescura…


Apega-nos ao medo

Medo de perder

Uma parte de nós

Medo de perder

Quem nos acalma

Mas nos torna alguém feroz


É uma droga, um vício

Uma espécie de álcool

De que não queremos ficar livres

Não queremos ser lúcidos

Não queremos viver sem magia


Ficamos amantes

De tantos momentos

Tornamo-nos sonhadores

Daquilo que queremos


Fica-se tão diferente…

Dá a apetecer

Mudar de rumo, de objectivos

Não porque seja necessário

Apenas porque queremos


Amar

Simplesmente amar

Amar ás cegas

Amar como crianças

Estar ligado e nunca desligar


Perdemos Norte e Sul

E achamos outros caminhos

Outros sabores

Que nos agarram…


Ser a glória um do outro

Um motivo de tanto orgulho

Não ter medo das bravas marés

E mergulhar…

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Desperdício

Rumo

Vontade

Esperança

Não estão nos meus bolsos…


Não consigo ser um lutador

Porque não passo de um espectador

Dos outros que passam por mim…


Vejo-me como o fruto

Dos meus erros

Medos

Paradigmas…


Sinto-me perdido

Completamente perdido…

Mas do que preciso para ter força?

A única segurança é a minha incerteza

“Não sei”…

Encosto-me a isso nas perguntas da vida

Mas realmente…

Eu… NÃO SEI!


Não sei que fazer

Não como pensar

Não sei até como me sentir…


Todos os dias passo

Pelo arrepiante vazio

Vazio este que me desconfigura

A toda a hora

E me deixa a mercê do vento…


E fico assombrado…

Amaldiçoado de lágrimas e desculpas

Desistir…

Chega a ser tão reconfortante…

Chega a ser a única coisa palpável

Mas faz-me ficar no mesmo sitio…


Não sei que personagem

Sou neste filme…

Que importância

Tenho neste quadro…

Que sentido

Tenho nesta música…


Talvez um exemplo

Do que não se deve ser…


Apenas sou

Um corpo pesado

Sem alento

Deveras cansado…


Apenas uma forma

Que usa espaço… tempo… energia…

Um desperdício de vida…

terça-feira, 7 de junho de 2011

Viver-te

Não quero gostar...

Para depois sonhar e me decepcionar com a realidade...

Não quero envolver-me...

Entregar-me e saber da minha fragilidade...

Não quero pensar em ti...

Para ficar consumido e deixar-me levar pelo instinto...

Não quero o teu carinho...

Para merecer uma chapada...

Não quero saber da tua alegria...

Para aprender a conviver com a minha tristeza...

Não quero imaginar o que podes estar a fazer...

Para me dominar o dia e desaprender a minha independência...

Não quero isto...

Não quero viver-te...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Falta de jeito

As nossas vidas…

São duas estradas paralelas…

Sem nenhum sinal de cruzamento…

Já me encostei a tua beira…

Para ver se abrias a janela…

Mas nem olhas-te para mim…

Sigo o meu caminho mas olho sempre para trás…


Quero-te por perto…

Ouvir a tua voz…

Saber o cheiro do teu cabelo…

Desculpa a falta de jeito…

Mas não sei ser directo…

Só me atrapalho para te apanhar…


Podes ter as tuas marcas

Eu também tenho as minhas

Mas elas não me impedem de sonhar…

Fecha os olhos por um segundo

E esquece o mundo

Deixa-te ir…

Eu estou aqui… Bem perto de ti…


Quero-te por perto…

Ver o teu sorriso…

Conhecer bem a tua pele…

Desculpa a falta de jeito…

Mas não sei ser directo…

Só me atrapalho para te apanhar…


E na hora da verdade

Só saem lamechices sem sentido…

Pareço um doido mas gosto de ti…

É desculpa mais que justa…

Apenas dá-me uma oportunidade é o que te peço…


Quero-te por perto…

Quero-te agora…

Quero-te para mim…

Desculpa a falta de jeito…

Estou a tentar ser directo…

Mas atrapalho-me todo para te apanhar…

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Até

Até que venham novos tempos…

Até que saias dos meus momentos…

Até que mude de musica…

Até que pare esta sensação de magia…

Até que te veja de forma diferente…

Até que a minha vontade não seja a mesma frequentemente…

Até que a minha boca para de ter desejo…

Até que não fique triste quando não te vejo…

Até não te irritar mais…

Até seres especial…

Até que pare de sonhar…

Até que sinta algo novo…

Vou-te deixar…

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ainda

Encontro-me num estado lastimável…

Onde me conforto…

Eu não estou em mim…

Há muito perdido em mim…


Ainda dormente, crente

Ainda em rosas…

Eu não vejo em frente…

Não estou pronto para te deixar partir…


A tua imagem está bem gravada…

Bem como a tristeza na minha cara…

Ainda não estou pronto para seguir…


As carícias e ternuras…

Momentos que sonhei para nós…

Ainda estou pegado a ti…


Gostava que o que te ficou na memória…

Tenha sido especial e não apenas história…

Um dia terei coragem para deixar tudo…

Mas agora ainda em ti me cubro…

Ainda penso muito em ti…


Despejei-me de vergonhas…

De máscaras onde me protejo…

Para viver aquilo que não compreendo…


Atirei-me de cabeça…

Esqueci as minhas feridas…

Mas bati bem fundo…


terça-feira, 24 de maio de 2011

Fim sem Fim

Será que a paixão é um crime que valerá apena cometer?

Será que o amor é uma pena que valerá apena cumprir?


Valerá apena seres o meu oxigénio?

Dando-me vida porém tanta ruga…


Dás-me apenas uma vontade

Por entre tanta incerteza…


Beijar-te... tocar teus lábios

Para saborear e conhecer

O que não percebem os mais sábios…


Seres totalmente minha por breves momentos…

Deixarmo-nos fluir enquanto entrelaçamos os dedos…

Parece pecado ter tanto em tão pouco…

Sabe tão bem viver nesse tanto que é teu…


Vale apena cometer uma loucura a dois…

Vale apena ter uma aventura a dois…


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Algo

Envolvo-me em perguntas

Que toda agente a si se faz…

Haverá alguém?

Serei feliz?

Como será? Como será…


E apareces tu

Sem seres chamada

E o meu coração fica estático…


Falas-me e roubas-me

O meu equilíbrio

E até gosto…


Pensei que talvez

Podia-mos fazer algo…

Algo impensável

Algo louco

Algo sem pensar na reacção do amanhã…


Desfecho-me…

Quando estás ausente desejo ver-te

E quando vens quero prender-te

Será doença? Será cura?...


Fecho-me...

em suspiros patéticos

não tenho volta…


Entrego-me...

a uma imagem perfeita

irreal…


O tempo irá passar

E a nossa oportunidade

Nunca irá chegar…

Sei…

Que mesmo não querendo

Vou esperar por ti…


domingo, 22 de maio de 2011

Não encontras-te

Espelho meu…

Há alguém mais magoado que eu?

Isto é mais profundo do que eu pensava…

Acertou em cheio aonde não devia…


Serás sempre bela para mim…

E os teus actos serão lembrados…

Acarinhados e respeitados nos meus desabafos…


Todos os cantos parecem

Tão confortáveis agora…

O meu corpo nem se quer mover

Está demasiado enterrado na nossa historia…


Eu não quero sentir as coisas que tenho que sentir…

Porque me desgastam…

Eu detesto de sentir as coisas que sinto…

Porque me deixam acorrentado em ti…


Não encontras-te no meu coração o que querias

E deixaste-me vazio…

Não encontras no meu corpo o calor que pretendias

E deixaste-me nu…

Será

Será…

Será que me ouves?...

Será…

Será que te escondes?…


Quero-te…

Mas desejo-te mal!

Adoro-te…

Mas o meu amor é canibal!


Castiga-me

Assim eu espero…

Perde segundos comigo

Por isso desespero…


Odeia-me

Mas fala de mim ao espelho…

Beija-me

Para te prender sem respeito…


Estou a alucinar

Não…

Não me quero equilibrar…

Deixa-me ser bandido

Cauteloso mas explosivo…


Será…

Será que me queres?

Atreve-te…

Apaixona-te se te atreves…

sábado, 21 de maio de 2011

"Amor"

Queria esquecer-te

Mas estás demasiado presente


Qual seja o meu caminho

Só espero que me leve a ti…

Seja o que for que aconteça

Quero contar logo a ti…


Bicho medonho este!

Amor? Para mim é sinónimo de doença!

Mas o pior é que não mata

Mói…


As vezes juro !...

Que nunca te queria ter conhecido!

A maior parte das vezes

Fico feliz por tal ter acontecido…


Por favor faz com que isto pare…

Estou a delirar!

Quando tento seguir em frente

Lá apareces tu…

Ainda mais brilhante que antes

O que me irrita solenemente

É que já sei as respostas!!

Mas o coração as ignora…

E agora?


O que me irá fazer levantar

Deste chão escorregadio?

Um beijo de despedida?

Uma chapada que tire as borboletas da barriga?

Um adeus discreto?

Ou apenas um virar de costas perpétuo?


Porquê? Porquê!? PORQUÊ!?

Quero apagar isto tudo!!

Rasgar! Morder!

Espezinhar! Torcer!

E depois chorar pela estupidez que cometi…


Estás demasiado viva em mim…

Ao ponto de nada em mim ser egoísta

E contigo querer abusar da partilha…


Parece que o que sou… tudo o que passei…

Foi por ti… mas ainda não chega… e nunca chegará

Eu amo-te tanto…

Eu… desejo-te tanto!

Eu odeio-te por existires!

E odeio-me por o que nunca parei de sentir…

“Amor”


Na minha cabeça

É justo que tenhas entrado

Sem a minha permissão?...

É errado admitir

Que fico feliz que tenhas entrado?...


Penso demasiado em ti

no tempo que não o devia

Finjo que não quero saber

Mas tempo me contamina…

Tu moras na minha cabeça

E já não sei o que fazer

Já passou o tempo de te ter...


Sou um escravo

Dos meus próprios sentimentos…

E no que toca a ti

Até perco a noção da realidade por breves momentos…


Não te quero ver

Porque sei ao que fico tentado fazer…

Não te quero falar

Com receio de fraquejar…


Tu moras na minha cabeça

E já não sei o que fazer

Já passou o tempo de te ter

Agora mesmo que doa

Embora a vontade seja outra

Tenho que te esquecer…

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Grita!!

O que fazes…

Para provar a ti mesmo que estás a viver?

Um acto controverso…

Com lucidez começas

Em euforia queres sempre repetir…


Grita bem de dentro!

Grita bem alto!

Para que todos te oiçam!

Grita com o coração!

Grita em loucura!

Vive os momentos de êxtase!

Grita contra a morte!

Grita pela vida!

Como se não houvesse amanhã!

Grita pelo mundo!

Grita por ti…


O que fazes…

quando o teu corpo pede para se expressar?

O que fazes…

quando a sua vontade se sobrepõe ao teu controlo?

não te inibas, escondas e cales essa sensação

porque é homicídio, negares essa explosão que há em ti


O sangue esta a bombear

Bem mais rápido!

Sente cada parte do teu corpo no auge…

A adrenalina corrói o teu corpo!

Estás a verter energia inflamável que nunca mais acaba!

de extremos

Puxas os cabelos!

de razão perdida

Rasgas a pele!

Queres que acabe!

Queres que recomece!

Queres gritar até ficar sem nada!


Á que gritar para por ordem passado…

Á que gritar para sentir o presente…

Á que gritar para agitar o futuro…

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Do que esperam de nós?

Do que esperam de nós?

Felicidade ou aceitação

Desta continua calunia

Que assusta gerações?...


“Que sejam fortes…

Criativos…

Cresçam meus meninos…”

É o que nos dizem…

Mas se borram o que desenhamos nos nossos sonhos

Se espezinham a nossa terra fértil de esperança

Como querem que sejamos algo?


Estamos cá nós para levar com tudo

A levar com a ressaca

Dos velhos tempos áureos

A sentir a desilusão

Mesmo antes de começarmos a nossa aventura…


De conquistadores...

Virámos cabras tosquiadas!


Que melhor espelho do que estamos a passar é preciso?

Não bastamos nós?

Será que realmente abrem os olhos quando acordam?

Ou ficam fechados no vosso mundo encantado?


Nós temos essência

Qualidades!

Todos únicos mas simultaneamente todos semelhantes

Não nos façam lutar por vocês que não nos dão nada…

Lutem por nós que podemos criar muito!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Eterna Carícia

Estarei acordado

Ou a sonhar?

Não sei...

Até parece mal

Questionar

Esta sensação…


Sabe melhor

Viver

Isto sem porquês…


É tão peculiar

Esta forma de estar contigo…


Basta uma palavra

E tu me tocas

Basta um gesto

E o mundo se transforma

Da uma volta

Basta um beijo

Para perder a calma

Basta um olhar

Para saber que me chamas


Não quero sair daqui

Sabe tão bem estar junto a ti…


É viciante este calor

Que nos aconchega…


É terna e doce

A maneira como encaixamos…


Assumo…

Que és dona da minha boca

É um chegar

Sem adeus…


Desejo…

Apoderar-me da tua boca

Somos

Uma eterna carícia…

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dor

De mão a tremer

Com o olhar a arder

com a vontade de lembrar

Do que tenho que esquecer


É assim que canto

Esta dor do meu peito


Uma dor feroz

Consequência de um ataque atroz


Que faz frieiras na cara

E mexo e mexo a pele a todo o tempo que passa


É com grande mágoa

Que canto esta dor do meu peito


Uma mágoa que em mim perpetua

De uma dor ora grave ora aguda


É de forma descabida

De cabeça erguida

Com alma caduca

De quem não tem cura


É assim que canto

Com raiva imensa

Mas também com tranquilidade amena

O que vai passando no meu peito


Esta sensação abstracta

Que já não me deixa do mesmo jeito…

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Meu querido diário...


Sofro a derrota

De um jogo que nem joguei…

Quero correr, fugir daqui

Mas nem forças tenho para caminhar…

Irei longe?


Tenho a pressão do mundo nos meus ombros

Sem poder ter escolhido nada…

Já tenho marcas para a vida

E eu ainda mal a comecei…


Eles roubam, matam…

Maltratam, desprezam…

Como se tivessem esse direito…

E o meu aonde está?!


Nasci em decadência

E ainda não vi outra realidade…

Está toda agente insana

Apenas individualidades reinam…

Há outro lugar?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Sem jeito

Vem ao chamamento
Do uivo deste cão rouco
Apaga o desespero
Deste homem louco

Segue-te pelo sol…
Para seguir a tua sombra
Sorri…
Para acreditar que as estrelas brilham

Sussurra-me ao ouvido
Atentados ao pudor…
Vive comigo
Perder-nos e encontrar-nos no que para muitos fugiu…

Vamos fechar os olhos
E deixar fluir as nossas mãos
Vamos ter a certeza desta doce incerteza!
Vamos entrelaçar-nos matando a tentação deste amor…

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Miserável

Sempre que me deito na cama…
Com a esperança que o amanha mude…
Mal feche os meus olhos…
Encho-me de optimismo…

Mas é tudo igual…
Estou farto de tudo igual…
Sofro cruéis risadas dos palhaços do destino…
Alma e coração confortam-se em lágrimas de desilusão…

Pertencerei a este mundo?
Questiono a minha existência…
Não entendo e não me adapto no mundo onde estou…
Alguém me apunhale!
Para drenar a vida que não utilizo…

Passo os dias em mea culpa
Gostando de estar assim…
Desesperando por estar assim…
Quando irei mudar?
Quanto mais terei de sofrer?

Fui marcado com esta maldição…
De sonhar…
De querer viver em magia…
Fui marcado com esta bênção…
De sonhar…
Por mais que não haja magia…

Não passo de um miserável…

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Branda Loucura

Falta algo…
Mas o que?
Chama? Razão?
Sonhos? Motivação?

Tudo parece ser carne sem sal
Tudo já perde o gosto antes de começar
Serei muito exigente com a vida?
Ou não sei o que quero dela?
Talvez seja os dois… talvez ainda seja algo que não descobri…

Sei que estou desvanecendo
E pelas linhas do tempo estou-me perdendo…
Começo a achar
Que me engano todos os dias…

Que sonhos
São uma fachada
E objectivos
Algo para a mente não estar parada…

Ocupo-me
A reger-me pelo que devia ser normal…
Quero seguir o que outros seguem
Para não sentir o pânico de não me enquadrar
De perder o sentido…

Mas…
Já o estou a perder…
E o pânico? Não sinto…
Que branda loucura esta?

Se pudesse dar cor aos dias seria…
Cinzento de uma mecanização automática
Branco de tanto nada de tanto que falta…
Que quero eu?
Não paro de pensar e a pergunta é a mesma… que quero eu?
Ser feliz?
Amar e ser amado?
Dinheiro?
Decadência?
Miséria?
Não sei…
Porque é que tudo me soa a incompleto?

É para isto que vivemos?
Para procurar mesmo sem a certeza de achar?
Parece-me o mais certo
Mas também injusto…

Será a nossa forma de procurar a mais correcta?
Senão quando saberemos então?
Quando a vida me passar ao lado?
E quando vou saber o que é realmente vida?
Não sei… nunca saberei…

Animal que pensa é complicado e chato…
Pessoa falava bem
Quando falava em gatos de rua…
Que o que era bom
Era viver por instinto…
Viver da espuma do momento
Viver de instintos abertos
Tornando o lógico desinteressante…

O que me sacia?
O que me define?
O que raio ando a fazer?
Não sei quando terei a resposta…