olhos castanhos preenchidos de “je ne c´est quoi”
acompanhados por sobrancelhas fortes… nariz pequeno e delicado vive em cima de lábios
feitos a pincel fino com tinta proibida, perfeitos em qualquer movimento…
orelhas sensíveis envolvidas de pele suave e viciante, composta de atenciosos e
doces sinais… queixo de menina, cabelo de mulher… tens ternura e és meiga,
confusa e dona de um feitio agridoce… actuas como menina, chamas como mulher…
em ti tens algo que ainda não sabes… pedra preciosa coberta de perfeita
banalidade… andas e desfilas no meu mundo… sorris e iluminas o canto mais
escuro… a tanto que não sinto o teu cheiro, mas nunca me esqueci do teu perfume…
a tanto que não te toco mas conheço o mapa do teu corpo… o meu instinto leva-me
ao nosso esboço, a minha razão leva-me a passar uma borracha por cima… já
tivemos um ponto final mas estou preso nas reticências…
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