De mão a tremer
Com o olhar a arder
com a vontade de lembrar
Do que tenho que esquecer
É assim que canto
Esta dor do meu peito
Uma dor feroz
Consequência de um ataque atroz
Que faz frieiras na cara
E mexo e mexo a pele a todo o tempo que passa
É com grande mágoa
Que canto esta dor do meu peito
Uma mágoa que em mim perpetua
De uma dor ora grave ora aguda
É de forma descabida
De cabeça erguida
Com alma caduca
De quem não tem cura
É assim que canto
Com raiva imensa
Mas também com tranquilidade amena
O que vai passando no meu peito
Esta sensação abstracta
Que já não me deixa do mesmo jeito…
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