segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Branda Loucura

Falta algo…
Mas o que?
Chama? Razão?
Sonhos? Motivação?

Tudo parece ser carne sem sal
Tudo já perde o gosto antes de começar
Serei muito exigente com a vida?
Ou não sei o que quero dela?
Talvez seja os dois… talvez ainda seja algo que não descobri…

Sei que estou desvanecendo
E pelas linhas do tempo estou-me perdendo…
Começo a achar
Que me engano todos os dias…

Que sonhos
São uma fachada
E objectivos
Algo para a mente não estar parada…

Ocupo-me
A reger-me pelo que devia ser normal…
Quero seguir o que outros seguem
Para não sentir o pânico de não me enquadrar
De perder o sentido…

Mas…
Já o estou a perder…
E o pânico? Não sinto…
Que branda loucura esta?

Se pudesse dar cor aos dias seria…
Cinzento de uma mecanização automática
Branco de tanto nada de tanto que falta…
Que quero eu?
Não paro de pensar e a pergunta é a mesma… que quero eu?
Ser feliz?
Amar e ser amado?
Dinheiro?
Decadência?
Miséria?
Não sei…
Porque é que tudo me soa a incompleto?

É para isto que vivemos?
Para procurar mesmo sem a certeza de achar?
Parece-me o mais certo
Mas também injusto…

Será a nossa forma de procurar a mais correcta?
Senão quando saberemos então?
Quando a vida me passar ao lado?
E quando vou saber o que é realmente vida?
Não sei… nunca saberei…

Animal que pensa é complicado e chato…
Pessoa falava bem
Quando falava em gatos de rua…
Que o que era bom
Era viver por instinto…
Viver da espuma do momento
Viver de instintos abertos
Tornando o lógico desinteressante…

O que me sacia?
O que me define?
O que raio ando a fazer?
Não sei quando terei a resposta…

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