Rumo
Vontade
Esperança
Não estão nos meus bolsos…
Não consigo ser um lutador
Porque não passo de um espectador
Dos outros que passam por mim…
Vejo-me como o fruto
Dos meus erros
Medos
Paradigmas…
Sinto-me perdido
Completamente perdido…
Mas do que preciso para ter força?
A única segurança é a minha incerteza
“Não sei”…
Encosto-me a isso nas perguntas da vida
Mas realmente…
Eu… NÃO SEI!
Não sei que fazer
Não como pensar
Não sei até como me sentir…
Todos os dias passo
Pelo arrepiante vazio
Vazio este que me desconfigura
A toda a hora
E me deixa a mercê do vento…
E fico assombrado…
Amaldiçoado de lágrimas e desculpas
Desistir…
Chega a ser tão reconfortante…
Chega a ser a única coisa palpável
Mas faz-me ficar no mesmo sitio…
Não sei que personagem
Sou neste filme…
Que importância
Tenho neste quadro…
Que sentido
Tenho nesta música…
Talvez um exemplo
Do que não se deve ser…
Apenas sou
Um corpo pesado
Sem alento
Deveras cansado…
Apenas uma forma
Que usa espaço… tempo… energia…
Um desperdício de vida…
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