Tenho o corpo pesado
Falo de olhos fechados
Porque não quero ver estas cores
As cores de uma nova solidão
Precisava de tempo
E tu decerto também
Mas já ditas-te a tua vontade
E abasteço-me no silêncio
Cinzentos estão os dias
E a maquina do meu peito
Forte esta o vento
Bem como o meu desalento…
Penso em ti…
Oh se peno…
Sofro? Não sei…
Não sinto o meu corpo…
Estou cansado…
Queria-me virar para o lado
E ver-te…
Percorrer tuas linhas
E sentir-te…
Olhar para ti
Para me tapares a cara de sem jeito
Com a tua mão
Tudo pelo teu toque e cheiro
Beijar-te
Para me deleitar num manto
Confortável, doce, provocador e viciante
Tu…
Tu que te foste
De mim que não te julgo
De mim que não tem mais palavras
De alguém que respeitará o teu adeus…