domingo, 27 de fevereiro de 2011

Do que esperam de nós?

Do que esperam de nós?

Felicidade ou aceitação

Desta continua calunia

Que assusta gerações?...


“Que sejam fortes…

Criativos…

Cresçam meus meninos…”

É o que nos dizem…

Mas se borram o que desenhamos nos nossos sonhos

Se espezinham a nossa terra fértil de esperança

Como querem que sejamos algo?


Estamos cá nós para levar com tudo

A levar com a ressaca

Dos velhos tempos áureos

A sentir a desilusão

Mesmo antes de começarmos a nossa aventura…


De conquistadores...

Virámos cabras tosquiadas!


Que melhor espelho do que estamos a passar é preciso?

Não bastamos nós?

Será que realmente abrem os olhos quando acordam?

Ou ficam fechados no vosso mundo encantado?


Nós temos essência

Qualidades!

Todos únicos mas simultaneamente todos semelhantes

Não nos façam lutar por vocês que não nos dão nada…

Lutem por nós que podemos criar muito!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Eterna Carícia

Estarei acordado

Ou a sonhar?

Não sei...

Até parece mal

Questionar

Esta sensação…


Sabe melhor

Viver

Isto sem porquês…


É tão peculiar

Esta forma de estar contigo…


Basta uma palavra

E tu me tocas

Basta um gesto

E o mundo se transforma

Da uma volta

Basta um beijo

Para perder a calma

Basta um olhar

Para saber que me chamas


Não quero sair daqui

Sabe tão bem estar junto a ti…


É viciante este calor

Que nos aconchega…


É terna e doce

A maneira como encaixamos…


Assumo…

Que és dona da minha boca

É um chegar

Sem adeus…


Desejo…

Apoderar-me da tua boca

Somos

Uma eterna carícia…

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dor

De mão a tremer

Com o olhar a arder

com a vontade de lembrar

Do que tenho que esquecer


É assim que canto

Esta dor do meu peito


Uma dor feroz

Consequência de um ataque atroz


Que faz frieiras na cara

E mexo e mexo a pele a todo o tempo que passa


É com grande mágoa

Que canto esta dor do meu peito


Uma mágoa que em mim perpetua

De uma dor ora grave ora aguda


É de forma descabida

De cabeça erguida

Com alma caduca

De quem não tem cura


É assim que canto

Com raiva imensa

Mas também com tranquilidade amena

O que vai passando no meu peito


Esta sensação abstracta

Que já não me deixa do mesmo jeito…