quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Paciência
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Epifania
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Un échantillon
Nous sommes aveugles
humains terriblement aveugles
nous ne donont pas la valeur a la terre
à l’air, à la pluie
à la pluie qui est comme l'amour
à l'air qui nous aide à surmonter et nous reposer
à la terre qui nous soutient depui toujours
Nous sommes des tueur masochistes
nous faisons appel à Dieu mais nous faison le travail du diable
Nous sommes aveugles, sourds et muets
Nous ne voyons pas clairement
Nous n'écoutons pas l'essentiel
ont dis des betise dissimulée dire un vérités
ont est un échantillon
un échantillon de vie
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Nunca chegam a partir
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Sou Burro...
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Morena
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Ténue
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Liberdade Obrigatória
domingo, 9 de outubro de 2011
Humano
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Telhado
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Estrada dos Sonhos
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Vagueando
domingo, 11 de setembro de 2011
Um dia...
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Turbilhão
Mal começamos
E já havia motivos para terminarmos
Mas havia esperança
Bem escondida e bem profunda
E foi a isso que nos agarramos
Sonhávamos alto
Tudo era mais que perfeito
Tudo batia certo
Mas tu crias-te
E derrubas-te promessas
Somos um bonito desenho
Que manchou
Como posso ser feliz
Se tudo o que queria
Me escapou pelos dedos?...
Como posso ter gosto pela vida
Se já não volto a sentir
Os teus lábios?...
Tu disseste que ficavas comigo…
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Devolve-me
Devolve-me a calma
Que tanto demorei a ter
Dá-me paz…
Devolve-me o sono
E as noites banais sem sonhos
Deixa-me descansar…
Quero o meu tempo
As minhas lágrimas
A minha segurança
O que é meu por direito
Devolve-me o coração
Por favor…
Já não sei ser autónomo
Egoísta, ver apenas a minha pessoa…
Dá-me o orgulho que engoli por ti!
Dá-me a força que perdi!
Tira-me este medo…
De te perder mesmo que estejas perto
De te magoares mesmo que estejas bem
De agir e não me corresponderes
Devolve-me o que era
Antes de me perder em ti…
sábado, 13 de agosto de 2011
Enterrado na Possibilidade
sábado, 6 de agosto de 2011
Degraus
Dou por mim…
Parado, mas com olhar distante
Incerto, das certezas que tinha
Não paro de pensar em ti…
E no coração
Se é que ainda tenho coração
Existe um vazio…
Um nada onde tudo
É dor, lembranças, saudade…
Não deixo de estar apaixonado
Mesmo que este amor pareça trágico…
Não tenho domínio
dos meus sentidos…
dos meus membros…
das minhas reacções…
Sou um boneco
Partido…
e de cordas soltas…
será esta a dor
de um verdadeiro adeus?...
ou de uma morte eufemista?...
Esta sensação
Que decapita sonhos
e estrangula esperanças…
é um degrau muito alto
que me vejo obrigado a subir…
não sei do que tenho mais medo
se do que vou encontrar
no degrau que vou alcançar
ou o que vou deixar
no degrau que vai ficar para trás
o amor é um mistério quando estamos sós…
e uma descoberta inexplicável quando estamos apaixonados…
terça-feira, 26 de julho de 2011
Adeus
Tenho o corpo pesado
Falo de olhos fechados
Porque não quero ver estas cores
As cores de uma nova solidão
Precisava de tempo
E tu decerto também
Mas já ditas-te a tua vontade
E abasteço-me no silêncio
Cinzentos estão os dias
E a maquina do meu peito
Forte esta o vento
Bem como o meu desalento…
Penso em ti…
Oh se peno…
Sofro? Não sei…
Não sinto o meu corpo…
Estou cansado…
Queria-me virar para o lado
E ver-te…
Percorrer tuas linhas
E sentir-te…
Olhar para ti
Para me tapares a cara de sem jeito
Com a tua mão
Tudo pelo teu toque e cheiro
Beijar-te
Para me deleitar num manto
Confortável, doce, provocador e viciante
Tu…
Tu que te foste
De mim que não te julgo
De mim que não tem mais palavras
De alguém que respeitará o teu adeus…
domingo, 3 de julho de 2011
Eu não quero sair
Eu não quero sair
Desta cama que somos nós
Sair dos braços
Que são os nossos lençóis
Sentir…
a aragem da rua
Vai ser de pouca dura
Porque não quero sair…
Para quê acordar
Se é tão bom sonhar
E ter a noção
Que estar sem ti é real
Mas não me vou ficar
Quero te tocar…
Me prender ao que tens para mim
Eu não quero sair…
Quero me envolver
Nesse corpo que é um mundo…
Quero me perder
Nos teus traços profundos…
Eu não quero sair…
Eu não quero partir…
Sem ti…
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Ajuda-me a não cair em ti
Diz-me que me odeias…
Que passas sem mim…
Engana-me…
Conta-me uma verdade para acreditar…
Faz com que te despreze…
Mal trata-me…
E finge que não me conheces…
Ajuda-me a não cair em ti…
A parar esta euforia…
De pensar em ti todo o dia…
Rejeita-me de uma vez para eu virar a página…
Pois estou demasiado apaixonado…
Ao ponto de querer preencher contigo todos os dias do meu calendário…
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Baboseiras
Amor
Terna e doce doença
Tanto corrói
Como cura…
Tanto arde
Como traz uma leve brisa de frescura…
Apega-nos ao medo
Medo de perder
Uma parte de nós
Medo de perder
Quem nos acalma
Mas nos torna alguém feroz
É uma droga, um vício
Uma espécie de álcool
De que não queremos ficar livres
Não queremos ser lúcidos
Não queremos viver sem magia
Ficamos amantes
De tantos momentos
Tornamo-nos sonhadores
Daquilo que queremos
Fica-se tão diferente…
Dá a apetecer
Mudar de rumo, de objectivos
Não porque seja necessário
Apenas porque queremos
Amar
Simplesmente amar
Amar ás cegas
Amar como crianças
Estar ligado e nunca desligar
Perdemos Norte e Sul
E achamos outros caminhos
Outros sabores
Que nos agarram…
Ser a glória um do outro
Um motivo de tanto orgulho
Não ter medo das bravas marés
E mergulhar…
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Desperdício
Rumo
Vontade
Esperança
Não estão nos meus bolsos…
Não consigo ser um lutador
Porque não passo de um espectador
Dos outros que passam por mim…
Vejo-me como o fruto
Dos meus erros
Medos
Paradigmas…
Sinto-me perdido
Completamente perdido…
Mas do que preciso para ter força?
A única segurança é a minha incerteza
“Não sei”…
Encosto-me a isso nas perguntas da vida
Mas realmente…
Eu… NÃO SEI!
Não sei que fazer
Não como pensar
Não sei até como me sentir…
Todos os dias passo
Pelo arrepiante vazio
Vazio este que me desconfigura
A toda a hora
E me deixa a mercê do vento…
E fico assombrado…
Amaldiçoado de lágrimas e desculpas
Desistir…
Chega a ser tão reconfortante…
Chega a ser a única coisa palpável
Mas faz-me ficar no mesmo sitio…
Não sei que personagem
Sou neste filme…
Que importância
Tenho neste quadro…
Que sentido
Tenho nesta música…
Talvez um exemplo
Do que não se deve ser…
Apenas sou
Um corpo pesado
Sem alento
Deveras cansado…
Apenas uma forma
Que usa espaço… tempo… energia…
Um desperdício de vida…
terça-feira, 7 de junho de 2011
Viver-te
Não quero gostar...
Para depois sonhar e me decepcionar com a realidade...
Não quero envolver-me...
Entregar-me e saber da minha fragilidade...
Não quero pensar em ti...
Para ficar consumido e deixar-me levar pelo instinto...
Não quero o teu carinho...
Para merecer uma chapada...
Não quero saber da tua alegria...
Para aprender a conviver com a minha tristeza...
Não quero imaginar o que podes estar a fazer...
Para me dominar o dia e desaprender a minha independência...
Não quero isto...
Não quero viver-te...
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Falta de jeito
As nossas vidas…
São duas estradas paralelas…
Sem nenhum sinal de cruzamento…
Já me encostei a tua beira…
Para ver se abrias a janela…
Mas nem olhas-te para mim…
Sigo o meu caminho mas olho sempre para trás…
Quero-te por perto…
Ouvir a tua voz…
Saber o cheiro do teu cabelo…
Desculpa a falta de jeito…
Mas não sei ser directo…
Só me atrapalho para te apanhar…
Podes ter as tuas marcas
Eu também tenho as minhas
Mas elas não me impedem de sonhar…
Fecha os olhos por um segundo
E esquece o mundo
Deixa-te ir…
Eu estou aqui… Bem perto de ti…
Quero-te por perto…
Ver o teu sorriso…
Conhecer bem a tua pele…
Desculpa a falta de jeito…
Mas não sei ser directo…
Só me atrapalho para te apanhar…
E na hora da verdade
Só saem lamechices sem sentido…
Pareço um doido mas gosto de ti…
É desculpa mais que justa…
Apenas dá-me uma oportunidade é o que te peço…
Quero-te por perto…
Quero-te agora…
Quero-te para mim…
Desculpa a falta de jeito…
Estou a tentar ser directo…
Mas atrapalho-me todo para te apanhar…
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Até
Até que venham novos tempos…
Até que saias dos meus momentos…
Até que mude de musica…
Até que pare esta sensação de magia…
Até que te veja de forma diferente…
Até que a minha vontade não seja a mesma frequentemente…
Até que a minha boca para de ter desejo…
Até que não fique triste quando não te vejo…
Até não te irritar mais…
Até seres especial…
Até que pare de sonhar…
Até que sinta algo novo…
Vou-te deixar…
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Ainda
Encontro-me num estado lastimável…
Onde me conforto…
Eu não estou em mim…
Há muito perdido em mim…
Ainda dormente, crente
Ainda em rosas…
Eu não vejo em frente…
Não estou pronto para te deixar partir…
A tua imagem está bem gravada…
Bem como a tristeza na minha cara…
Ainda não estou pronto para seguir…
As carícias e ternuras…
Momentos que sonhei para nós…
Ainda estou pegado a ti…
Gostava que o que te ficou na memória…
Tenha sido especial e não apenas história…
Um dia terei coragem para deixar tudo…
Mas agora ainda em ti me cubro…
Ainda penso muito em ti…
Despejei-me de vergonhas…
De máscaras onde me protejo…
Para viver aquilo que não compreendo…
Atirei-me de cabeça…
Esqueci as minhas feridas…
Mas bati bem fundo…
terça-feira, 24 de maio de 2011
Fim sem Fim
Será que a paixão é um crime que valerá apena cometer?
Será que o amor é uma pena que valerá apena cumprir?
Valerá apena seres o meu oxigénio?
Dando-me vida porém tanta ruga…
Dás-me apenas uma vontade
Por entre tanta incerteza…
Beijar-te... tocar teus lábios
Para saborear e conhecer
O que não percebem os mais sábios…
Seres totalmente minha por breves momentos…
Deixarmo-nos fluir enquanto entrelaçamos os dedos…
Parece pecado ter tanto em tão pouco…
Sabe tão bem viver nesse tanto que é teu…
Vale apena cometer uma loucura a dois…
Vale apena ter uma aventura a dois…
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Algo
Envolvo-me em perguntas
Que toda agente a si se faz…
Haverá alguém?
Serei feliz?
Como será? Como será…
E apareces tu
Sem seres chamada
E o meu coração fica estático…
Falas-me e roubas-me
O meu equilíbrio
E até gosto…
Pensei que talvez
Podia-mos fazer algo…
Algo impensável
Algo louco
Algo sem pensar na reacção do amanhã…
Desfecho-me…
Quando estás ausente desejo ver-te
E quando vens quero prender-te
Será doença? Será cura?...
Fecho-me...
em suspiros patéticos
Entrego-me...
a uma imagem perfeita
irreal…
O tempo irá passar
E a nossa oportunidade
Nunca irá chegar…
Sei…
Que mesmo não querendo
Vou esperar por ti…
domingo, 22 de maio de 2011
Não encontras-te
Espelho meu…
Há alguém mais magoado que eu?
Isto é mais profundo do que eu pensava…
Acertou em cheio aonde não devia…
Serás sempre bela para mim…
E os teus actos serão lembrados…
Acarinhados e respeitados nos meus desabafos…
Todos os cantos parecem
Tão confortáveis agora…
O meu corpo nem se quer mover
Está demasiado enterrado na nossa historia…
Eu não quero sentir as coisas que tenho que sentir…
Porque me desgastam…
Eu detesto de sentir as coisas que sinto…
Porque me deixam acorrentado em ti…
Não encontras-te no meu coração o que querias
E deixaste-me vazio…
Não encontras no meu corpo o calor que pretendias
E deixaste-me nu…
Será
Será…
Será que me ouves?...
Será…
Será que te escondes?…
Quero-te…
Mas desejo-te mal!
Adoro-te…
Mas o meu amor é canibal!
Castiga-me
Assim eu espero…
Perde segundos comigo
Por isso desespero…
Odeia-me
Mas fala de mim ao espelho…
Beija-me
Para te prender sem respeito…
Estou a alucinar
Não…
Não me quero equilibrar…
Deixa-me ser bandido
Cauteloso mas explosivo…
Será…
Será que me queres?
Atreve-te…
Apaixona-te se te atreves…
sábado, 21 de maio de 2011
"Amor"
Queria esquecer-te
Mas estás demasiado presente
Qual seja o meu caminho
Só espero que me leve a ti…
Seja o que for que aconteça
Quero contar logo a ti…
Bicho medonho este!
Amor? Para mim é sinónimo de doença!
Mas o pior é que não mata
Mói…
As vezes juro !...
Que nunca te queria ter conhecido!
A maior parte das vezes
Fico feliz por tal ter acontecido…Por favor faz com que isto pare…
Estou a delirar!
Quando tento seguir em frente
Lá apareces tu…
Ainda mais brilhante que antes
O que me irrita solenemente
É que já sei as respostas!!
Mas o coração as ignora…
E agora?
O que me irá fazer levantar
Deste chão escorregadio?
Um beijo de despedida?
Uma chapada que tire as borboletas da barriga?
Um adeus discreto?
Ou apenas um virar de costas perpétuo?
Porquê? Porquê!? PORQUÊ!?
Quero apagar isto tudo!!
Rasgar! Morder!
Espezinhar! Torcer!
E depois chorar pela estupidez que cometi…
Estás demasiado viva em mim…
Ao ponto de nada em mim ser egoísta
E contigo querer abusar da partilha…
Parece que o que sou… tudo o que passei…
Foi por ti… mas ainda não chega… e nunca chegará
Eu amo-te tanto…
Eu… desejo-te tanto!
Eu odeio-te por existires!
E odeio-me por o que nunca parei de sentir…
“Amor”
Na minha cabeça
É justo que tenhas entrado
Sem a minha permissão?...
É errado admitir
Que fico feliz que tenhas entrado?...
Penso demasiado em ti
no tempo que não o devia
Finjo que não quero saber
Mas tempo me contamina…
Tu moras na minha cabeça
E já não sei o que fazer
Já passou o tempo de te ter...
Sou um escravo
Dos meus próprios sentimentos…
E no que toca a ti
Até perco a noção da realidade por breves momentos…
Não te quero ver
Porque sei ao que fico tentado fazer…
Não te quero falar
Com receio de fraquejar…
Tu moras na minha cabeça
E já não sei o que fazer
Já passou o tempo de te ter
Agora mesmo que doa
Embora a vontade seja outra
Tenho que te esquecer…
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Grita!!
O que fazes…
Para provar a ti mesmo que estás a viver?
Um acto controverso…
Com lucidez começas
Em euforia queres sempre repetir…
Grita bem de dentro!
Grita bem alto!
Para que todos te oiçam!
Grita com o coração!
Grita em loucura!
Vive os momentos de êxtase!
Grita contra a morte!
Grita pela vida!
Como se não houvesse amanhã!
Grita pelo mundo!
Grita por ti…
O que fazes…
quando o teu corpo pede para se expressar?
O que fazes…
quando a sua vontade se sobrepõe ao teu controlo?
não te inibas, escondas e cales essa sensação
porque é homicídio, negares essa explosão que há em ti
O sangue esta a bombear
Bem mais rápido!
Sente cada parte do teu corpo no auge…
A adrenalina corrói o teu corpo!
Estás a verter energia inflamável que nunca mais acaba!
de extremos
Puxas os cabelos!
de razão perdida
Rasgas a pele!
Queres que acabe!
Queres que recomece!
Queres gritar até ficar sem nada!
Á que gritar para por ordem passado…
Á que gritar para sentir o presente…
Á que gritar para agitar o futuro…
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Do que esperam de nós?
Do que esperam de nós?
Felicidade ou aceitação
Desta continua calunia
Que assusta gerações?...
“Que sejam fortes…
Criativos…
Cresçam meus meninos…”
É o que nos dizem…
Mas se borram o que desenhamos nos nossos sonhos
Se espezinham a nossa terra fértil de esperança
Como querem que sejamos algo?
Estamos cá nós para levar com tudo
A levar com a ressaca
Dos velhos tempos áureos
A sentir a desilusão
Mesmo antes de começarmos a nossa aventura…
De conquistadores...
Virámos cabras tosquiadas!
Que melhor espelho do que estamos a passar é preciso?
Não bastamos nós?
Será que realmente abrem os olhos quando acordam?
Ou ficam fechados no vosso mundo encantado?
Nós temos essência
Qualidades!
Todos únicos mas simultaneamente todos semelhantes
Não nos façam lutar por vocês que não nos dão nada…
Lutem por nós que podemos criar muito!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Eterna Carícia
Estarei acordado
Ou a sonhar?
Não sei...
Até parece mal
Questionar
Esta sensação…
Sabe melhor
Viver
Isto sem porquês…
É tão peculiar
Esta forma de estar contigo…
Basta uma palavra
E tu me tocas
Basta um gesto
E o mundo se transforma
Da uma volta
Basta um beijo
Para perder a calma
Basta um olhar
Para saber que me chamas
Não quero sair daqui
Sabe tão bem estar junto a ti…
É viciante este calor
Que nos aconchega…
É terna e doce
A maneira como encaixamos…
Assumo…
Que és dona da minha boca
É um chegar
Sem adeus…
Desejo…
Apoderar-me da tua boca
Somos
Uma eterna carícia…
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Dor
De mão a tremer
Com o olhar a arder
com a vontade de lembrar
Do que tenho que esquecer
É assim que canto
Esta dor do meu peito
Uma dor feroz
Consequência de um ataque atroz
Que faz frieiras na cara
E mexo e mexo a pele a todo o tempo que passa
É com grande mágoa
Que canto esta dor do meu peito
Uma mágoa que em mim perpetua
De uma dor ora grave ora aguda
É de forma descabida
De cabeça erguida
Com alma caduca
De quem não tem cura
É assim que canto
Com raiva imensa
Mas também com tranquilidade amena
O que vai passando no meu peito
Esta sensação abstracta
Que já não me deixa do mesmo jeito…
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Meu querido diário...
Sofro a derrota
De um jogo que nem joguei…
Quero correr, fugir daqui
Mas nem forças tenho para caminhar…
Irei longe?
Tenho a pressão do mundo nos meus ombros
Sem poder ter escolhido nada…
Já tenho marcas para a vida
E eu ainda mal a comecei…
Eles roubam, matam…
Maltratam, desprezam…
Como se tivessem esse direito…
E o meu aonde está?!
Nasci em decadência
E ainda não vi outra realidade…
Está toda agente insana
Apenas individualidades reinam…
Há outro lugar?
domingo, 9 de janeiro de 2011
Sem jeito
Do uivo deste cão rouco
Apaga o desespero
Deste homem louco
Segue-te pelo sol…
Para seguir a tua sombra
Sorri…
Para acreditar que as estrelas brilham
Sussurra-me ao ouvido
Atentados ao pudor…
Vive comigo
Perder-nos e encontrar-nos no que para muitos fugiu…
Vamos fechar os olhos
E deixar fluir as nossas mãos
Vamos ter a certeza desta doce incerteza!
Vamos entrelaçar-nos matando a tentação deste amor…
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Miserável
Com a esperança que o amanha mude…
Mal feche os meus olhos…
Encho-me de optimismo…
Mas é tudo igual…
Estou farto de tudo igual…
Sofro cruéis risadas dos palhaços do destino…
Alma e coração confortam-se em lágrimas de desilusão…
Pertencerei a este mundo?
Questiono a minha existência…
Não entendo e não me adapto no mundo onde estou…
Alguém me apunhale!
Para drenar a vida que não utilizo…
Passo os dias em mea culpa…
Gostando de estar assim…
Desesperando por estar assim…
Quando irei mudar?
Quanto mais terei de sofrer?
Fui marcado com esta maldição…
De sonhar…
De querer viver em magia…
Fui marcado com esta bênção…
De sonhar…
Por mais que não haja magia…
Não passo de um miserável…
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Branda Loucura
Mas o que?
Chama? Razão?
Sonhos? Motivação?
Tudo parece ser carne sem sal
Tudo já perde o gosto antes de começar
Serei muito exigente com a vida?
Ou não sei o que quero dela?
Talvez seja os dois… talvez ainda seja algo que não descobri…
Sei que estou desvanecendo
E pelas linhas do tempo estou-me perdendo…
Começo a achar
Que me engano todos os dias…
Que sonhos
São uma fachada
E objectivos
Algo para a mente não estar parada…
Ocupo-me
A reger-me pelo que devia ser normal…
Quero seguir o que outros seguem
Para não sentir o pânico de não me enquadrar
De perder o sentido…
Mas…
Já o estou a perder…
E o pânico? Não sinto…
Que branda loucura esta?
Se pudesse dar cor aos dias seria…
Cinzento de uma mecanização automática
Branco de tanto nada de tanto que falta…
Que quero eu?
Não paro de pensar e a pergunta é a mesma… que quero eu?
Ser feliz?
Amar e ser amado?
Dinheiro?
Decadência?
Miséria?
Não sei…
Porque é que tudo me soa a incompleto?
É para isto que vivemos?
Para procurar mesmo sem a certeza de achar?
Parece-me o mais certo
Mas também injusto…
Será a nossa forma de procurar a mais correcta?
Senão quando saberemos então?
Quando a vida me passar ao lado?
E quando vou saber o que é realmente vida?
Não sei… nunca saberei…
Animal que pensa é complicado e chato…
Pessoa falava bem
Quando falava em gatos de rua…
Que o que era bom
Era viver por instinto…
Viver da espuma do momento
Viver de instintos abertos
Tornando o lógico desinteressante…
O que me sacia?
O que me define?
O que raio ando a fazer?
Não sei quando terei a resposta…